Seu Plano de Previdência é o melhor porto seguro mesmo em tempos difíceis.
Se você ler os jornais hoje ou acompanhar os acontecimentos pela internet, vai constatar que o mundo está em uma verdadeira convulsão.
A guerra comercial encampada por Donald Trump, com taxações aos produtos exportados não só pelo Brasil, mas por vários outros países, com efeitos colaterais praticamente no mundo todo, tem tirado o sono de governantes, com abalos sísmicos em diversos mercados. Esta situação fica ainda mais grave se considerarmos outros conflitos geopolíticos como a guerra da Rússia com a Ucrânia e a guerra de Israel na faixa de Gaza.
Com certeza, nos últimos cem anos, não tivemos muitos períodos de calmaria. Só para ficar em poucos exemplos, desde o crack da bolsa de 1929, vivemos sucessivas crises globais, ora causadas pela oferta e demanda do petróleo, ora pelo estouro de bolhas como a das empresas de internet no início dos anos 2000 ou a crise do sub-prime em 2008, passando também pela recente pandemia da Covid. No cenário atual não é possível se fazer qualquer previsão de curto prazo; nunca saberemos se Trump implementará novas taxações ou se recuará. Ele tem sido a personificação da imprevisibilidade.
Apesar deste cenário desafiador, os planos de previdência se destacam por apresentar características de certa “imunidade” perante ciclos de estabilidade e de incerteza. Por ser um projeto de longo prazo, a única “certeza” na jornada da aposentadoria é que momentos de volatilidade acontecerão e passarão. O que é fundamental, assim, é que a sua estratégia de longo prazo não se altere.
Isso significa que se uma pessoa, por exemplo, está em um perfil mais agressivo em um momento como estamos passando agora, porém só espera se aposentar daqui a 10, 15, 20 anos, ela não deve mudar para um perfil mais conservador no meio do furacão, pois pode ser que amargue as perdas da alta volatilidade, mas não aproveite os ganhos da recuperação pós crise.
Inclusive, em situações de queda na Bolsa de valores, estar em um perfil agressivo realizando contribuições mensais regulares pode ter seu aspecto positivo, pois se está efetivamente ‘comprando na baixa’ para utilizar os recursos no futuro quando a bolsa já tenha se recuperado décadas depois. É importante estar atento ao cenário global e no horizonte do seu investimento; nem sempre risco significa perdas.
Lembre-se sempre de que existe uma diferença fundamental entre investir no curto prazo, com objetivos específicos e respeitando determinadas condições e investir no seu plano de previdência privada, que tem um horizonte mais amplo, exigindo um plano de ação diferente.