Investimentos – FPI On #10

Vale a pena investir no exterior?

Você já deve ter ouvido falar no ditado: “nunca coloque todos os ovos na mesma cesta”. Pois bem, essa frase é muito utilizada no mundo das finanças, onde a ideia de diversificar os investimentos é sempre recomendada pelos especialistas. Ao diversificar, é possível minimizar os riscos de prejuízo com os investimentos em alta compensando as prováveis perdas causadas por investimentos em baixa.

Como os investimentos em Renda Fixa no Brasil estão rendendo muito pouco atualmente, muitos poupadores e investidores iniciantes estão buscando alternativas que possam ter rendimentos maiores. O problema é que a alta volatilidade (sobe e desce) da bolsa de valores brasileira pode deixar estes investidores mais apreensivos em relação ao mercado nacional.

E, desta forma, os investimentos no exterior surgem como uma opção interessante para quem busca um pouco mais de rentabilidade. Esses investimentos podem ser ações, títulos públicos ou privados, câmbio, commodities, entre outros.

Você sabia?  Muitos bancos/corretoras brasileiros(as) oferecem plataformas de investimentos incluindo fundos de investimentos no exterior. Os veículos mais comuns são os fundos de ações com proteção da moeda (chamada de “hedge cambial”).

Mas, vale a pena investir no exterior? Sim! Além da diversificação, há a valorização de moedas estrangeiras se comparadas ao real, quando os investimentos não possuem o “hedge”.

Além disso, ao investir em economias desenvolvidas, espera-se que esses países em momentos de crises se recuperem mais rapidamente se comparados a economias emergentes. Em 2020, por exemplo, devido à pandemia, o índice Ibovespa chegou a perder -46% e o índice S&P500 (cotado na Bolsa Americana) chegou a perder -33% e recuperou 100% de suas perdas do ano em aproximadamente 4 meses. O Ibovespa (índice da Bolsa de Valores de São Paulo) demorou um pouco mais, mas já recuperou as perdas ocorridas desde março/2020.

Como investir no exterior?

  • Conte com o apoio de empresas gestoras de capital focadas no mercado estrangeiro. Tais empresas costumam alocar recursos em fundos de investimento, o que diminui o risco de perda e busca rentabilizar o investimento ao concentrar o capital em investimentos escolhidos a dedo sob um olhar clínico dos especialistas.
  • Estude bem os riscos e a política do mercado estrangeiro considerando o câmbio e o momento da economia.
  • Os investimentos no exterior devem ser declarados no imposto de renda da mesma forma como se faz com os investimentos feitos no Brasil. Só é importante atentar-se que se o valor for igual ou acima de US$ 100 mil dólares é importante prestar contas ao Banco Central também.
  • É importante ressaltar que alguns fundos não possuem proteção contra a oscilação da moeda, gerando um fator de risco adicional para gerenciar os investimentos (mas que também pode ser uma oportunidade em momentos que a moeda estrangeira tenha expectativa de subir em relação ao real).
  • Para quem deseja comprar ativos (como ações ou títulos) diretamente no país escolhido, é necessário abrir uma conta em uma corretora estrangeira. Nesse caso, fique atento às taxas cobradas e também aos custos e cotações ao fazer as remessas de dinheiro para a conta estrangeira.

E na Fundação IBM?

A Fundação IBM já vinha reavaliando sua oferta de Perfis de Investimento e fez, em 2020, alterações nos perfis disponíveis. Uma das mudanças foi a alocação de 10% em investimentos no exterior nos novos perfis RV20, RV35, RV50 e RV65. Desta forma, estes perfis ficam mais diversificados e, assim, mais preparados para momentos de alta volatilidade como a que estamos vivenciando atualmente. Leia a política completa no site www.fundacaoibm.com.br.