Investimentos – FPI On #13

Qual a relação entre a alta inflação global e nosso investimentos?

Os eventos ocorridos nos últimos anos deram uma “bagunçada” na economia mundial. Os efeitos da pandemia, seguidos da guerra na Ucrânia, criaram nos países desenvolvidos um fenômeno que costumava ser exclusividade de países menos desenvolvidos: a inflação alta. Países como Estados Unidos ou a Alemanha estão com inflação entre 7% a 9%, algo que não acontecia há muito tempo.

Uma das ferramentas mais utilizadas pelos governos para conter a inflação é o aumento na taxa básica (de juros) de cada economia. No Brasil, a taxa Selic, que chegou a 2% ao ano em 2020, já ultrapassa os 13% ao ano. Nos Estados Unidos, a taxa de juros que era próxima de 0,25%, agora já está em patamares de 2,25% a 2,5%.

Investimentos em uma economia forte como a dos Estados Unidos a essa taxa de juros são considerados extremamente atraentes, o que faz com que muitos investidores tirem seus recursos de outras aplicações e invistam em títulos da dívida americana (e o fluxo de dinheiro estrangeiro saindo do Brasil pode levar a aumentos na cotação dólar e possível queda em ações “queridinhas” dos americanos).

Neste cenário, quem tem a possibilidade de ter uma parte dos recursos em títulos americanos, pode usar essa fatia como proteção contra outros chacoalhões globais na economia. Para o restante dos recursos, como nossa taxa Selic também está alta, títulos que acompanham a Selic podem ser bons para o curto prazo, e títulos atrelados ao IPCA são boas sugestões para se proteger da inflação a longo prazo. Para quem gosta de risco, procurar por ações de empresas que caíram no curto prazo, mas que continuam com bons resultados e, se possível, possam reajustar o preço de seus produtos/ serviços com a inflação, pode ser uma boa opção.