Família

Como negociar dívidas e organizar as finanças da família

Um recente levantamento da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) apontou que 78,3% das famílias brasileiras possuem alguma dívida. Já as inadimplentes, ou seja, que possuem dívidas em atraso, somam 29,1% do total; 11,6% relataram que não terão condições de pagar suas dívidas.

Dentre as principais causas do endividamento estão o uso excessivo de cartão de crédito e a inflação, ou seja, o aumento generalizado e contínuo dos preços. Para que seja possível sair das dívidas, é essencial que a família converse sobre o tema, se organize e faça um plano de ação para negociar as dívidas em atraso e mudar a forma como lidam com o dinheiro.

Confira algumas dicas:

1 – Liste tudo que a família está devendo: cartão, empréstimos, financiamentos, carnês e boletos. Aqui contam todas as dívidas, em atraso ou não.

2 – Monte ou atualize o orçamento mensal da família com os valores que entram e saem da conta bancária. Este é o momento para rever gastos e fazer alguns ajustes
para comportar o pagamento das dívidas.

3 – Evite novas dívidas. Quando precisar comprar algo, revisite seu planejamento financeiro e veja se o valor não vai comprometer o orçamento. Não aceite as opções de crédito fácil que algumas instituições financeiras oferecem, pois essas costumam ter taxas maiores.

4 – Aproveite os mutirões de negociação de dívidas. Instituições como a Federação Brasileira de Bancos e o Serasa realizam, periodicamente, eventos para negociar dívidas em atraso. Geralmente, esses feirões oferecem descontos e condições de pagamento mais vantajosas, facilitam o processo e reduzem a burocracia da negociação.

5 – Defina um valor limite para negociaras dívidas em atraso. Atenção para não assumir compromissos que a família não consiga arcar. Antes de iniciar a negociação com o credor, pense nos argumentos que você irá apresentar e faça uma lista de perguntas que você poderá fazer antes de assinar a negociação como, por exemplo “qual será o desconto da dívida?” “Se pagar à vista, haverá um desconto maior?” “Se parcelar, quais serão os juros?”. Na dúvida, não negocie por impulso, leve as condições para casa, discuta com a família e volte com uma contraproposta.